Governo extingue decretos para modernizar a máquina pública

Chamada de “revogaço”, a medida torna sem efeito aproximadamente 700 decretos editados entre 1988 e 2018, que burocratizavam e dificultavam as pesquisas legislativas.
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04/03/2020 - 18:31
Editoria

Na busca constante pela modernização da máquina pública, o governador Carlos Massa Ratinho Junior determinou nesta quarta-feira (04) a revogação de aproximadamente 700 decretos. As medidas canceladas foram selecionadas com base no exame da eficácia, aplicabilidade e funcionalidade dos decretos sob os aspectos técnico, social e econômico. Os atos, ressaltou o governador, aumentavam a burocracia do Estado.

A expectativa é que o “revogaço” seja publicado em Diário Oficial ainda nesta semana. O trabalho foi conduzido pela Comissão de Revisão Normativa da Casa Civil, criada nesta gestão justamente para analisar a compatibilização e consolidação normativa dos decretos estaduais. A comissão analisou mais de 64 mil decretos editados entre os anos de 1988 a 2018.

“Essa medida tem a finalidade desburocratizar a aplicabilidade dos decretos estaduais e facilitar o processo de pesquisa de legislação”, afirmou Ratinho Junior. “O mundo todo sofreu uma grande transformação, mas a máquina pública mudou muito pouco, ficando presa a mecanismos da década de 1980”, acrescentou.

Boa parte das normas que estão sendo revogadas são das décadas 1980 e 1990. Entre elas, por exemplo, decretos que fixavam índices de participação dos municípios paranaenses no produto da arrecadação de impostos.

Também foram revogados decretos que determinavam tarifas que não estão mais vigentes, como aqueles que dispunham das tarifas de serviços do transporte coletivo no Estado do Paraná.

“Quando criamos a Comissão de Revisão Normativa, pensamos em dar mais clareza ao sistema normativo do Estado, tornando a gestão pública mais eficiente e menos burocrática”, explicou o Secretário Chefe da Casa Civil, Guto Silva. “É uma medida alinhada ao processo de modernização e enxugamento da máquina que o governo iniciou com a reforma administrativa”, disse.