Paraná avança na integração dos ecossistemas de inovação e dos ativos tecnológicos

Projeto visa que toda estrutura que Ciência, Tecnologia e Inovação atue de forma integrada e seja melhor utilizada. O primeiro ciclo de eventos discutiu o avanço das ações no Norte, Litoral e RMC.
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25/06/2021 - 19:10
Editoria

O primeiro ciclo do processo de construção de Rotas Estratégicas de Ciência, Tecnologia e Inovação 2040 foi concluído nesta semana. Foram quatro dias de evento, encerrado nesta quinta-feira (24), com a participação diária de cerca de 150 pessoas, entre representantes do Governo do Estado, da academia, setor produtivo e sociedade civil.

A construção das rotas estratégicas é uma orientação do governador Carlos Massa Ratinho Junior e, segundo o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, vai direcionar o trabalho para que toda a estrutura de instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) seja melhor utilizada.

Nos encontros foram desenvolvidas atividades conjuntas para o avanço das ações transformadoras nas regiões Oeste, Norte, Litoral e Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, sendo conduzida pelo Observatório Sistema Fiep.

O chefe da Casa Civil, Guto Silva, enfatizou que a grande questão dos ecossistemas é a centralidade no ser humano e que o projeto deve fortalecer o diálogo entre os integrantes da quádrupla hélice, identificando também onde as ações de governo podem ser potencializadas.

“O Paraná tem ativos maravilhosos e que precisam estar mais conectados. Este projeto de criar rotas estratégicas vem para resolver esta questão, de consolidar o que o Estado já tem. Conseguiremos, a partir deste trabalho, dar mais visibilidade aos nossos ativos”, afirmou Silva.

“Temos um sistema robusto e eficiente de instituições que podem contribuir ainda mais em prol da criação de riqueza e geração de renda de alto valor agregado para todos os paranaenses”, acrescentou o chefe da Casa Civil.

SINTONIA – Para o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, o trabalho vai possibilitar ações mais assertivas. “É preciso destacar a relevância destas discussões para o planejamento de ações de organização de ativos tecnológicos, de estabelecimento de sintonia entre eles e as necessidades tecnológicas. A participação ativa da sociedade representada por todos os segmentos que compõem os diferentes ecossistemas de inovação pode nos levar de fato a uma ação mais assertiva”, afirmou.

O sucesso do projeto está diretamente ligado à participação e envolvimento de ativos de todas as regiões do Estado, segundo o presidente do Sistema Fiep, Carlos Valter Martins Pedro. “Estamos começando uma transformação do Paraná por meio da CT&I, mas lembro que 2040 é um horizonte simbólico, pois o início é agora”, disse. "Já tivemos ações similares a essa no passado, mas que nunca prosperaram com a devida importância. Esta iniciativa é inovadora, um importante legado que será deixado do Paraná”.

Segundo o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Marcio Spinosa, o projeto Rotas Estratégicas de CT&I coloca a ciência e a tecnologia no atendimento às demandas de desenvolvimento sustentável. “É um material precioso, que pode contribuir para o Paraná se tornar um Estado cada vez mais moderno e inovador. Um trabalho conjunto para planejamento que mostre como podemos aproximar o sistema de CT&I do setor econômico e gerar riqueza e qualidade de vida para a população”, destacou.

PILARES – O projeto vem sendo construído sobre dois pilares: inteligência coletiva, contando com a participação de diversos stakeholders paranaenses; e especialização inteligente, procurando gerar novas especialidades regionais por meio da descoberta de domínios de oportunidade.

“Fechamos nesta semana o primeiro bloco de quatro ecossistemas. Na sequência trabalharemos mais cinco. As etapas em curso neste momento são fundamentais para garantir a participação dos atores locais, de forma a termos a inteligência coletiva necessária”, explicou a gerente executiva do Observatório Sistema Fiep Marília de Souza.

A integração das ações foi o destaque dado pelo vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel. “O trabalho da prefeitura está totalmente alinhado com as ações do Governo do Estado. O objetivo principal é o de integrar e buscar parceiros, pois Curitiba é um grande mercado consumidor e podemos ajudar os outros municípios, sem que precisem ir a outros estados para suprir suas demandas. Isso tudo gera mais lucro para as regiões e fortalece todas as áreas. A integração da comunidade é um dos preceitos das Cidades Inteligentes", salientou.

CONTRIBUIÇÕES – Todos os painéis das Rotas Estratégicas de CT&I 2040 podem ser conferidos novamente no canal da Fundação Araucária no YouTube. Até o dia 16 de julho é possível contribuir com esta construção coletiva pelo link https://observatorios.fiepr.org.br/obsurvey/rotascti2040.